terça-feira, 25 de novembro de 2008

liberdade

Esta é a madrugada que eu esperava

O dia inicial inteiro e limpo

Onde emergimos da noite e do silêncio

E livres habitamos a substância do tempo

Sophia

Nasceram estas palavras a propósito de um outro 25. Mas julgo-as mais a propósito do dia que hoje se celebra (ou pelo menos devia celebrar-se, mas enfim…). Dia da liberdade por excelência, de uma liberdade sem maiúsculas, mas mais inteira e limpa. Da liberdade de escolher. Da liberdade de mudar. Da liberdade de construir o futuro pelas próprias mãos. Da liberdade de ser livre. E viver.

(Há 33 anos uma operação militar punha um fim simbólico naquilo a que a
revolucionária França apelidou de “manicómio em auto-gestão”. Nesse dia, um novo caminho emergiu da noite e do silêncio em que o queriam meter, um novo dia amanheceu livre, um povo retomou o caminho democrático interrompido 65 anos antes. Cunhal e os algozes de novas ditaduras e novos mortos foram vencidos e a liberdade floresceu no sol outonal. Há 33 anos os meus
, ameaçados de morte, puderam finalmente sair para o sol. E respirar. Há 33 anos, a vida triunfou.)

Por isso, hoje, hoje mesmo e unicamente hoje, vale a pena usar cravos.

…de todas as cores e feitios!

Sem comentários: