É curioso. Eu sempre que vejo essas séries televisivas (preferindo o CSI Las Vegas em relação às outras, as quais considero inferiores), à parte das considerações estéticas – que me eximo de comentar por não conhecer a realidade lusitana – penso sempre: bolas! Que bom seria se as nossas policias funcionassem assim! (descontando, claro está, a rapidez com que tudo acontece, coisa normal no universo televisivo). Mas lá está: eu acho mais importante apanhar os criminosos do que garantir supostos direitos da liberdade; é que a liberdade preserva-se e guarda-se impedindo que os dados pessoais caiam nas mãos erradas, sejam usados para fins ilegais, ou sirvam para perseguir os inocentes. Ou seja: a liberdade preserva-se pela via da estrita legalidade. E preserva-se apanhando, julgando e condenando os que infringem a lei. No extremo desta corrente deixaremos de prender os criminosos, porque é uma maçada e um atentado ao seu inalienável direito ao liberdade… Ah, pois é: já o fazemos!...
quarta-feira, 20 de maio de 2009
CSI Tuga
Leio, no DN, num artigo sobre o "CSI Tuga", um comentário do director do Laboratório Nacional da Polícia Científica, sobre as séries televisivas inspiradas no universo da investigação criminal (de que o CSI é, talvez, o exemplo mais famoso). Diz ele que "nós [eles lá no laboratório] não somos tão bonitos como eles, mas a principal diferença é a ideia de tempo", não só no que se refere ao tempo dos resultados das análises, mas também no que se refere aos dados a que os investigadores têm acesso: "ninguém acede a tanta informação com um simples toque de botão. Além disso, se qualquer polícia pudesse aceder a informação dessa forma, teríamos um big brother, uma sociedade sem o equilíbrio entre justiça e liberdade".
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2 comentários:
Mas será que o tempo é diferente na série... ou em Portugal? É que aqui é tudo parado... paradinho...
Claro Adão! Já imaginaste se (Deus os livre!) até conseguissem solucionar mistérios e prender culpados?! Era um suplício e o verdadeiro instaurar da tirania!
(o que mais me impressiona é que, das centenas de vezes que já visionei a série, nunca, mas mesmo nunca, em momento algum, vi esse desiquilíbrio entre justiça e liberdade... seria a última coisa - a ser alguma coisa - a passar-me pela cabeça!)
Abraço
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