Dessas aqui deixo duas; díspares, mas convergentes numa posição que me parece correcta e justa. Ou seja: o Hamas é uma organização terrorista e, portanto, não pode ser interlocutor para nada. Toda e qualquer negociação com criminosos deste tipo só enfraquecerá a paz a encontrar e a construir! E Israel não pode viver permanentemente sob a ameaça destes fanáticos, não pode viver com medo diário (ninguém consegue!), não pode sequer aceitar a instrumentalização do conflito que mantém por criminosos deste tipo. Quer gostem, quer não, Israel é mil vezes mais democrata do que a maioria dos estados vizinhos que o querem aniquilar da face da Terra, e isso, na minha análise, levar-me-á sempre a, em caso de escolha, caso fosse necessária a minha escolha (e ela contasse para o caso), saber muito bem de que lado estou/estarei/estaria (e eu acredito que, em política, a escolha é sempre necessária, o tomar posição é sempre imperativo, o escolher um lado é sempre o horizonte desejado e desejável). Por isso aqui deixo a ligação a dois textos que ontem saíram no DN: um do meu já tradicional (e sempre adorado!) Alberto Gonçalves nos seus Dias Contados ; o outro é de outro dos meus colunistas de referência, senão O de referência, por em meia dúzia de palavras conseguir, no dito diário e diariamente, dizer mais do que muita gente em quilómetros de tinta – e com que graça, Deus meu, com que Graça! -, a saber, Ferreira Fernandes e o seu Se fosse para acabar com o Hamas seria bom. Leia-se e medite-se sobre as lebres que ambos, chacun à sa manière, levantam e põem a correr na opinião pública lusitana…
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Intifada
Continua por estes dias a ofensiva israelita por terras de Gaza. Pouco há a dizer sobre um conflito secular, onde tudo já foi dito e redito. Apenas me faz impressão que por cá, pelo Ocidente, tão facilmente se condenem as posições e atitudes israelitas e não se faça o mesmo às palestinianas. Se há coisa que tantos anos de conflito comprovam é que é impossível arrolar grandes superioridades (morais ou outras) a qualquer dos lados do conflito. E não, não ignoro as suas origens remotas (a coisa já na Antiguidade não corria bem naquela zona), as suas origens antigas (as teses do movimento Sionista no final do século XIX e o Nacionalismo árabe), bem como as suas origens recentes (a aprovação durante o mandato britânico da criação do Estado de Israel e a sua configuração, assim como a Guerra dos 6 dias e as suas consequências). Acho que a história - a História - é importantíssima para compreendermos o passado (e com ele aprendermos, para o bem e para o mal), para entender-mos o presente (e nele sabermos escolher os rumos) e para prevermos o futuro (até onde isso é possível, ou seja, na estrita racionalidade de alguns dos actos da vida). Julgo mesmo que, como a recente questão do Kosovo demonstrou cabalmente, pouco o Ocidente aprendeu, não só com a questão do Médio Oriente, como também com esse gigantesco erro chamado descolonização (ou, no caso português, o chamado pega-na-bandeira-e-raspa-te-e-o-resto-que-se-lixe!). Por isso, muito me incomoda assistir diariamente a noticiários em que o lançamento de rockets sobre Israel é menorizado em relação ao ataque israelita à Faixa de Gaza. E poucas são as vozes que põem o dedo na ferida e colocam as cartas na mesa quanto ao que ali, por estes dias, se disputa.
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