Um certo país mediático exultou de alegria com a chegada da versão portuguesa da revista americana Playboy. Não sei porquê, mas desconfio que seja devido ao tão proclamado "atraso cultural português", que constantemente nos separa do progresso e da felicidade (ambos oscilando entre o neo-realismo socialista e o neo-libelismo capitalista) e porque agora os rios de mel terão motivos para correr por aqui. Ora, lamento, amigos, mas parece que vão ter de aguardar pela versão portuguesa de uma outra coisa qualquer estrangeirada: pelo que constato pela capa (não, ainda não comprei o número histórico para mais tarde, hummm, "recordar") e pelo catálogo que me enviaram por mail (se há coisa em que somos especialistas é no desenrasca-e-vamos-mas-é-digitalizar-isto-e-mandar-para-os-amigos), a pobreza franciscana foi tanta que a playmate escolhida para a estreia (logo, para figurar como ícone erótico-sexual do Portugal contemporâneo) foi a ex-Delirium e ex-Big Brother Mónica Sofia. Podia ser pior, dizem-me logo os muito optimistas. Claro que podia. Mas podia ser infinitamente melhor! O DN de hoje relembra a 1ª capa de sempre com, nada mais, nada menos, do que Marilyn Monroe. É caso para dizer que levamos mais de 50 anos de atraso para escolhê-las! E saímos sempre a perder… é obra!
Para que se obvie a diferença infinita, aqui fica um cheirinho daquele que é – também – um grande filme: "Some Like It Hot"… Mónica Sofia, rapariga, tens ainda que comer muito arroz e feijão para chegar aos sensuais calcanhares de Mrs. Marilyn!
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