e inundou de lágrimas
a minha madrugada insone.
Partiste às mãos da manhã,
a mesma que nem todo o amor
do mundo poderia tornar
suficientemente bela para ti,
a mesma que os demónios cortejam
transfigurando a noite
no combate que me cresce
como em ti agora
a eternidade.
sarah adamopoulos
lisboa setembro 2008
Tropecei neste poema enquanto viajava em zapping por vários blogues. Prendeu-me a atenção. Deixei-o e parti. Andou-me cá dentro toda a noite e todo o dia. Chamava-me de mansinho, e pouco a pouco descobriu o caminho "da cabeça para o coração, do coração para a cabeça". Gosto dele. Voltei a ele. Porque, às vezes, as coisas mais bonitas são também as mais tristes. As mais misteriosas. As que se encondem na dobra da vida. E da morte. A beleza das coisas tristes de que tenho falado tanto ultimamente. Para me fazer sorrir. Para me fazer serenar. Como uma manhã "que nem todo o amor do mundo poderia tornar suficientemente bela para ti"...
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