quarta-feira, 10 de setembro de 2008

In a manner of speaking

Aconteceu-me esta canção – é sempre assim com o que amamos. Tropecei nela e, desde então, não mais deixou de me andar “da cabeça para o coração e do coração para a cabeça” (como diria o insuportável, mas genial, Almada). Lembra-me do silêncio, da sua voz, da forma como ele pode falar e calar. Lembra-me das palavras: do que elas dizem (o dito) e do que elas deixam (por) dizer (o Dizer). Do tanto que elas calam - dizemos sempre mais do que dizemos. Dizemos sempre mais do que, aquilo, o que realmente dizemos. E calamos outro tanto, ou mais… Daí as reticências. Para dizer e para calar. “You told me everything / By saying nothing”. E no amor ainda mais. Tanto (tudo?) que se diz sem palavras. Ou com as palavras do coração. De cor, pois então! Dizer tudo, sem dizer nada. Eis o segredo. Eis também, e talvez, a mais pura manifestação de amor. Do amor.

In a manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing



In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that i feel about you
Is beyond words

Oh give me the words
Give me the words
But tell me nothing

Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrified

So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing
.

Oh give me the words
Give me the words
But tell me nothing

Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

Oh give me the words
Give me the words
But tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything



Tuxedo Moon / Nouvelle Vague


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