sábado, 4 de outubro de 2008

Happiness *

It seems the things I've wanted in
My life I've never had.
So it's no surprise that living
Only leaves me sad.

Happiness, where are you?
I've searched so long for you.
Happiness, what are you?
I haven't got a clue.
Happiness, why do you have to stay
So far away... from me?

When I'm in despair and life has
Turned into a mess,
I know that I don't dare to end my
Search for happiness.


Happiness, where are you?
I've searched so long for you.
Happiness, what are you?
I haven't got a clue.
Happiness, why do you have to stay
So far away... from me?

Happiness, sometimes I think
I see you from afar.
When I run to catch you, though,
That's just not where you are.

Happiness, you know I'll get a hold of
You some way.
Until I do, you know I'll keep on
Searching every day.


Happiness, where are you?
I've searched so long for you.
Happiness, what are you?
I haven't got a clue.
Happiness, why do you have to stay
So far away... from me?

Gonna find it, gonna find it,
Gonna find my happiness.
Gonna find it, gonna find it,
Gonna find my happiness.


When I'm in despair and life has
Turned into a mess - gonna find it -
I know that I don't dare to end my
Search for happiness - gonna find my...

Happiness, where are you?
I'm gonna get to you.
Happiness, what are you?
I'll know before I'm through.
Happiness, you know you just can't stay
So far away... from me.

Gonna find my - Happiness where are you?
Gonna find it - I'm gonna get to you.
Gonna find my - Happiness what are you?
Gonna find it - I'll know before I'm through

Michael Stipe With Rain Phoenix (words by Eytan Mirsky)


Happiness - Michael Stipe and Rain Phoenix

* Aconteceu-me esta canção. Volta não vira cá vem ela à memória e hoje lá me decidi a partir (na quase hercúlea) busca pelos mundos virtuais. Procurava algum registo (que não encontrei) da fabulosa e i-n-e-s-q-u-e-c-í-v-e-l interpretação de Jane Adams (a magnífica "Joy Jordan", the saddest Joy in the all world!) no - não menos - genial Happiness de Todd Solondz. Um filme i-n-e-s-q-u-e-c-í-v-e-l. Com uma canção inesquecível pelo seu desamparo paradoxal, pela sua tristeza bonita. Ficou-me sempre gravada no coração desde que a ouvi, já lá irá uma década (bolas, que o tempo passa e passa e passa!), numa vida também já passada, de tão distante já a sentir. Au temps des cerises. Pois bem, um filme num ano de filmes magníficos, num ano de um filme também magnífico, American Beauty. Mas para mim, se essa escala existir, menos magnífico, menos perfeito. A este (imensamente premiado, é certo) falta-lhe o arrojo do Happiness, falta-lhe o toque de loucura, o nonsense, os diálogos inesquecíveis, o humor fino e brilhante, negro e tenebroso. Cavernoso e genial, portanto. Um mundo de gente a esmo, gente (toda relacionada, mas nem sempre consciente disso) a lutar por se manter à superfície, por não se afundar na imensidão da tristeza e solidão da sua vida. Das suas vidas. Um mundo de gente - todos à procura da felicidade, todos felizes, todos tristemente felizes - desamparada e sofregamente solitária. Um mundo real, cruel de tão real, sórdido, sujo e corrupto. Um mundo de punhos fechados a lutar por ir continuando. Por ir vivendo. Por pairar sobre os estragos. O mundo de american beauty sem beleza. Sem flores. Sem arrumos. Sem ordem. Aqui deixo os minutos iniciais para (re)lembrar ou para espicaçar a curiosidade...

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